quinta-feira, 29 de março de 2007

.. e assim terminou ..

A realidade obriga-me(nos) a seguir caminhos tão dolorosos…mas que pelos vistos são os mais sensatos…

Embora desatinados, revoltados, entristecidos e principalmente desencantados…estamos em sintonia…

Queria muito entranhar-me de ti antes que te afastes…de me encher de ti de uma maneira intensa……que desse para carregar baterias durante uns meses….

Eu tenho receio deste amor incondicional por ti…por ser tão irreal..mas tão real..que todos os dias te tenho…

Nunca imaginei amar alguém desta maneira.. virtual ..a uma distancia tão grande…sem certezas..sem nada de concreto…mas tão intensamente…que dificilmente terá alguém que supere..

Principalmente por seres o homem q és, com todas as tuas loucuras e inseguranças consegues levar-me a voos..loucos e lindos…e por seres um dos melhores seres humanos que conheço…que me fez voltar acreditar que o género masculino pode ser delicioso…

Por me dares um prazer sublime…de fazeres do meu corpo a tua casa…e de me fazeres sentir única…e especial… Só precisava de estar ali (contigo) ao teu lado. Sem saber porquê, nem como, tudo bastava.

Mas, cada vez que me venho não encontro a ternura do teu abraço. ilusão das ilusões

Não há maneira de desfazer o nó que nos une a garganta
o prazer como último refúgio,
tudo corre o risco de sucumbir num instante, como numa falha de electricidade

isto não pode durar sempre

ambos o calamos

Como sempre…nos momentos de dor.. recorro ao Pedro Paixão…ele escreve exactamente o q sinto…


O tempo prega-nos constantes partidas e chegadas.
Tu chegaste onde julguei que mais ninguém chegaria.
Cruzámo-nos ignorando porquê. Nada do que importa se sabe.

Agarraste-me por dentro. Agora tenho a certeza. Não tenho mais certeza alguma.
Passaste a ser um ter de ser, um vício, a única maneira de adormecer o espírito junto com o corpo.

O amor não tem lugar em nós. Desconhecemo-nos de propósito. Não queremos ser como os demais. Não podemos.
Eu quero que sejas único e vou fazer tudo para que sejas um só, escrevendo-me.

Porque o amor não é coisa que se encontre já feita, pronta a usar.
As palavras não são senão uma última tentativa de fixar o que não se deixa apanhar.
Como o amor, como todas as coisas que valem a pena, como a música dum piano de cauda.

A corrente que nos transporta não tem nome. Nem princípio ou fim.


Maria

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